O Professor Joseph J. Pesek, da San Jose State University, palestrou ontem no Auditório da Reitoria, no Campus Anglo da UFPel, sobre a relação entre Universidades e empresas nos Estados Unidos. A palestra foi uma promoção conjunta entre o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) e o Programa de Mestrado em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais, ambos da UFPel. Professor Joseph Pesek é professor de química analítica na San Jose State University, em San Jose, California, e possui mais de 200 artigos científicos publicados, 3 livros e 4 patentes. Também atua como consultor de empresa farmacêuticas, empresas de desenvolvimento de equipamentos (principalmente cromatógrafos e espectrômetros de massas), laboratórios do setor privado e de empresas de propriedade intelectual.
Na palestra, Prof. Joseph Pesek apresentou como sua equipe trabalha para criar e desenvolver produtos, e ainda como colocá-los no mercado. De acordo com o Professor Joseph Pesek são três etapas principais: a primeira delas é ter muitas ideias; a segunda é partir para o trabalho de pesquisa, questionando tudo quanto possível; e a terceira é desenvolver o produto comercial. No caso da San Jose State University, a aproximação entre a Universidade e as empresas é possível através de três formas diferentes: convênios para participação de estudantes em estágios nas empresas; parcerias em trabalhos de pesquisa que sejam importantes tanto para a Universidade como para a empresa; e a prestação de serviços laboratoriais, onde seu laboratório, na Universidade, é capaz de atender a demandas de indústrias e empresas. Segundo o Prof. Joseph Pesek, a forma principal de aproximação são os convênios para estágios, seguido da prestação de serviços laboratoriais.
O Professor Joseph Pesek ainda comentou que prefere disponibilizar seus produtos a empresas menores, que são mais acessíveis e estão ansiosas para crescer no mercado. Segundo ele, grandes empresas geralmente adquirem direito de patentes com a finalidade de "engavetar" o produto e manter seu carro-chefe líder no mercado. Dessa forma, saem prejudicados tanto a Universidade como o inventor, pois ambos não receberão royalties de vendas.